
Em meio a crise causada pela guerra da Rússia com a Ucrânia, os países árabes têm mostrado interesse e potencial em ampliar a exportação de fertilizantes para o Brasil. A avaliação é da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que também afirma que estes países podem atender o país com o fornecimento dos três principais nutrientes: nitrogenados, fosfatados e potássicos.
Entre as nações que podem exportar maior volume que o fornecido atualmente ao Brasil, estão Marrocos, Egito, Jordânia, Omã e Catar.
Segundo o secretário-geral da Câmara, Tamer Mansour, o volume que os países do bloco árabe podem fornecer ao Brasil dependerá se o país sair na frente para as negociações, já que outras nações tendem a recorrer ao bloco por causa das incertezas quanto à oferta russa de fertilizantes, em decorrência da guerra.
No ano passado, o Brasil importou 9,979 milhões de toneladas de adubos dos países da Liga Árabe. O volume representa 24% do total importado pelo país. A principal origem é o Marrocos, que ocupa o 4º lugar no fornecimento total de adubos em volume, atrás de Rússia, China e Canadá.
A Câmara entregou um estudo completo à Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura sobre o cenário atual de produção de adubos dos 22 países do bloco e sobre o potencial de exportação da Liga Árabe para o mundo e para o Brasil.
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